Thursday, July 19, 2007
Caros orixás,
domingo dia de mar.
mar-verde-quase-azul que se mostrou em minha janela.
numa tarde jurídica, em meio a processos e outras chatices desta natureza,o verde-azul do mar, arrebatou-me.
levou longe meus pensamentos.
À noite, embalada por caymmi, enlaçada por harmônicos corpos a dançar.
a imitar o mar, o barco, o pescador, a partida, a doçura do morrer nas ondas.
arrepiei-me na poltrona do teatro e retornei mansamente à beira da praia onde joguei antigas angústias, inseguranças, maus agouros.
apanhei carinhosamente os delicados sentimentos outrora esquecidos por lá.
batizei-me no mar.
pedi a sua benção.
segui.
segunda-feira noite de lua.
Lua-Sorriso-de-Gato.
daquelas de beleza inesperada e improvável, mas que, de repente, numa olhadela, por entre os prédios da cidade, desponta a magia no céu.
foi assim. uma lua que me pegou de supetão. uma surpresa. um alumbramento.
lua capaz de encharcar de poesia uma alma desprevenida.
como a minha...
que me chama à rua.
leva-me a passeio.
e que bem-diz aqueles que vêem o dia raiar porentre risos e cantos.
mirei a lua. cerrei os olhos.
pedi sua aprovação.
segui.
terça-feira dia de rio.
rio-azul-profundo.
como quem carrega, leva longe todos os males do mundo.
azul de mistérios e milenares sabedorias.
que purifica. que melhor reflete os raios do sol que se põe.
quente. alaranjado. todo-poderoso entre as nuvens e as casas de minha cidade.
rio cintilante.
de pequena canoas. de redes que retornam aos seus donos tristes e vazias.
do pescador crédulo.
o rio que corta minha cidade.
o rio que guia meus descaminhos.
guardei tuas tortuosas linhas.
senti o seu consetimento.
segui.
quarta-feira. ventania.
vento forte que acarinha meus cabelos.
carrega a tempestade.
levanta a saia, faz rodar.
que leva longe a bola.
e tudo mais que for etéreo.
que traz notícias de lado lá.
ventos de minha mãe.
Iansã.
reverencio.
sei de seu consentimento.
peço sua aprovação.
recebo sua benção.
e sob sua proteção.
segui.
mar-verde-quase-azul que se mostrou em minha janela.
numa tarde jurídica, em meio a processos e outras chatices desta natureza,o verde-azul do mar, arrebatou-me.
levou longe meus pensamentos.
À noite, embalada por caymmi, enlaçada por harmônicos corpos a dançar.
a imitar o mar, o barco, o pescador, a partida, a doçura do morrer nas ondas.
arrepiei-me na poltrona do teatro e retornei mansamente à beira da praia onde joguei antigas angústias, inseguranças, maus agouros.
apanhei carinhosamente os delicados sentimentos outrora esquecidos por lá.
batizei-me no mar.
pedi a sua benção.
segui.
segunda-feira noite de lua.
Lua-Sorriso-de-Gato.
daquelas de beleza inesperada e improvável, mas que, de repente, numa olhadela, por entre os prédios da cidade, desponta a magia no céu.
foi assim. uma lua que me pegou de supetão. uma surpresa. um alumbramento.
lua capaz de encharcar de poesia uma alma desprevenida.
como a minha...
que me chama à rua.
leva-me a passeio.
e que bem-diz aqueles que vêem o dia raiar porentre risos e cantos.
mirei a lua. cerrei os olhos.
pedi sua aprovação.
segui.
terça-feira dia de rio.
rio-azul-profundo.
como quem carrega, leva longe todos os males do mundo.
azul de mistérios e milenares sabedorias.
que purifica. que melhor reflete os raios do sol que se põe.
quente. alaranjado. todo-poderoso entre as nuvens e as casas de minha cidade.
rio cintilante.
de pequena canoas. de redes que retornam aos seus donos tristes e vazias.
do pescador crédulo.
o rio que corta minha cidade.
o rio que guia meus descaminhos.
guardei tuas tortuosas linhas.
senti o seu consetimento.
segui.
quarta-feira. ventania.
vento forte que acarinha meus cabelos.
carrega a tempestade.
levanta a saia, faz rodar.
que leva longe a bola.
e tudo mais que for etéreo.
que traz notícias de lado lá.
ventos de minha mãe.
Iansã.
reverencio.
sei de seu consentimento.
peço sua aprovação.
recebo sua benção.
e sob sua proteção.
segui.