Caro Amigo

São as cartas de todos os tempos, guardando imagens, confidências, medos, descobertas, sentimentos. São as cartas de todos os homens e de seus amores, de seus conselhos, de suas dúvidas. São as cartas de Débora, de Rodolfo, de Rodrigo, de Roberto, e de outros que ainda virão. São as cartas de nossas imensidões, de nossas respirações, de nossas aspirações. São as cartas de uma luta, de uma militância, de um sonho, compartilhados. Meu caro amigo, conte-nos e contando, viva-nos e nada mais.

Tuesday, September 12, 2006

eu quero antes
um (esse) céu azul,
um (esse) abrir de flores,
um entrelaçado de vida,
essas manhãs.

eu quero um tanto
um grito explosivo,
um vermelho a pintar,
um amor atordoante,
um doído.

eu quero quanto
couber de riso rasgado,
deixar todo o juízo,
souber de amores perdidos,
achar da alegria,
um sentido.

eu quero ainda
um chorar cá comigo,
um chorar aplaudido,
um chorar vibrante,
um chorar sofrido,
um eu-lírico.

eu quero tudo
só poesia.

# posted by Lua @ 6:45 PM

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