Monday, July 25, 2005
Cara amiga Pressa,
sei que tens de ir. Sei que são poucas tuas horas, mesmo todas as horas do mundo. Sei que tens de encontrá-lo e que é essa tua busca irrefreável. Sei que te sentes pequenina diante dele e que ele teima em te largar entre as pessoas ocupadas, atrasadas, solitárias. Sei que eu mesmo sempre que te encontro, encontro a falta dele e tu à procura. E percebas: do modo contínio como tenho te encontrado, parece-me que sofres por demais em meses como Julho. Agora vou-me, para o estágio, escrever um artigo sobre Direito Humano à Comunicação, pensar naquele homem, descobrir-me tão pequeno quanto tu és. Isso porque, cara amiga Pressa, tua relação com o Tempo, é a minha mesma com o Amor. Quanto tu te és, ele te falta. Quando eu me sou, ele inexiste.