Saturday, April 09, 2005
Cara preguicinha gostosa de ser feliz,
.
Candeias pacífica, nublada, chorosa, chuvosa me põe na cama sempre que tento deixá-la. E me confina a esse estado de latência diante de tudo. Sou hoje um coração pulsando bem devagar, um passarinho planando sobre o lago Guaíba, sou um sol se pondo ao som de um bolero na Prainha do Jacaré onde todo sol se põe, sou tudo o que me pacifica, sou esta Candeias inteira e o sorriso de Biagio a me excitar, sou a Boa Vista em tarde de Domingo. E estou cá da frente deste texto paquerando com a felicidade que me convida para uma brincadeira do outro lado da janela. Mas eu não quero ir. Quero-me aqui, apenas a cortejando, em piscadelas de olho e num eu-bem-que-já-mais-ou-menos-aprendi-a-ser-feliz bonito. Quero-me aqui e que ela esteja lá, porque, Cara preguicinha, é este meu estado de espírito, minha desolação, meu ânimo e meu abril derramado em flores na camisa de Chico e do tempo de meus vinte e um anos.
Candeias pacífica, nublada, chorosa, chuvosa me põe na cama sempre que tento deixá-la. E me confina a esse estado de latência diante de tudo. Sou hoje um coração pulsando bem devagar, um passarinho planando sobre o lago Guaíba, sou um sol se pondo ao som de um bolero na Prainha do Jacaré onde todo sol se põe, sou tudo o que me pacifica, sou esta Candeias inteira e o sorriso de Biagio a me excitar, sou a Boa Vista em tarde de Domingo. E estou cá da frente deste texto paquerando com a felicidade que me convida para uma brincadeira do outro lado da janela. Mas eu não quero ir. Quero-me aqui, apenas a cortejando, em piscadelas de olho e num eu-bem-que-já-mais-ou-menos-aprendi-a-ser-feliz bonito. Quero-me aqui e que ela esteja lá, porque, Cara preguicinha, é este meu estado de espírito, minha desolação, meu ânimo e meu abril derramado em flores na camisa de Chico e do tempo de meus vinte e um anos.